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Laboratórios

Biodeterioração e Conservação Preventiva

Lab 8 (ext: 11317) - Hangar III  

Responsável: Maria Filomena Macedo

 

Missão:
O laboratório de Biodeterioração e Conservação Preventiva tem como principal objectivo a  compreensão dos agentes e processos de deterioração que actuam sobre o património cultural e o desenvolvimento de conhecimento que permita agir de forma preventiva de modo a evitar ou minimizar os processos de deterioração, prolongando assim o tempo de vida do património cultural da humanidade. Este laboratório dedica-se à caracterização e compreensão dos processos de biodeterioração, com vista ao seu controlo e prevenção em diferentes tipos de materiais. Participa em estudos multidisciplinares em colaboração com instituições museológicas e de salvaguarda do património, e outros centros de investigação e áreas do DCR. 

 

Grandes áreas de actividade:

  • avaliação da bioreceptividade dos diferentes materiais
  • identificação das comunidades biológicas responsáveis pela biodeterioração do património cultural
  • estudo dos diferentes processos de biodeterioração do património cultural
  • estudo e desenvolvimento de novos biocidas com baixa toxicidade e elevada eficiência sobre organismos envolvidos na deterioração do património cultural
  • caracterização de materiais pétreos
  • identificação das patologias da pedra
  • limpeza e tratamento de materiais pétreos
  • identificação dos principais factores de deterioração para as colecções efectuada a vários níveis: o edifício e seus arredores, as reservas, salas de exposição e laboratórios
  • avaliação de risco para colecções e medidas de controle que permitam mitigar esses riscos
  • desenvolvimento de planos de monitorização para colecções

 

Exemplos de projectos desenvolvidos:

CleanART -Innovatve green methodology to clean fungal stains from paper documents and artworks

Coordenação: Maria Filomena Macedo Dinis (FCT-UNL; VICARTE) 

Membros da equipa: António Manuel Santos Carriço Portugal (UC); Ana Cannas (DGLAB); Catarina Alfaro (FCL); Conceição Casanova (UL); Daniela Melo (FCT-UNL); Hugo Carvalho (UC); Maria Helena Casimiro (C2TN-UL; Marta C. Corvo (FCT-UNL); Nuno Mesquita (UC); Paula Aparício (FDL); Sílvia Sequeira (FCT-UNL); Tiago Paiva (FCT-UNL).

Projecto Financiado: PTDC/EPH-PAT/0224/2014 

Ver emhttps://www.dcr.fct.unl.pt/investigacao/projectos


Fungos em materiais de arquivo: desenvolvimento e optimização de protocolos de identificação e eliminação

O principal objectivo deste trabalho é desenvolver um protocolo optimizado para a identificação e eliminação dos fungos existentes no património cultural presente em arquivos. Para isso terão que ser atingidos objectivos secundários mas igualmente importantes. Um deles será, antes de mais, determinar quais os fungos existentes nestes materiais (e.g. mapas, documentação em papel e pergaminho), objectivo este que se pretende alcançar através do uso de técnicas de biologia molecular. A aplicação destes métodos será feita em amostras recolhidas de arquivos/bibliotecas num estudo que se prevê de grande interesse pois possibilita a avaliação de potenciais riscos para a população que trabalha nestes locais.
Dispondo da informação relativa aos fungos existentes será delineado um protocolo de identificação, célere e simples de executar, tendo como base as técnicas de cultura e os princípios bioquímicos. Desta forma, além de se poder estabelecer uma comparação entre estes dois métodos de análise (em termos de custo e eficiência), será possível identificar os fungos recorrendo a métodos que, ainda, são mais acessíveis e poderão dar aos Arquivos e semelhantes instituições maior segurança quanto à forma correcta de eliminar esta importante ameaça biológica. Os biocidas e outras fórmulas químicas a que desde sempre se recorreu, para além de serem mais ou menos danosos para o próprio património, para os agentes biológicos e para o indivíduo que os aplica, não apresentam os resultados pretendidos, tanto em termos de eficácia como em termos da durabilidade do tratamento. Apesar da grande evolução registada em termos de desenvolvimento de novos biocidas e fungicidas a razão para este insucesso poderá residir no desconhecimento que ainda existe sobre os verdadeiros agentes que colonizam o património. E sem conhecer o “inimigo” não se pode, com eficácia, impedir a sua acção. É por esse motivo que, para além do desenvolvimento de um protocolo de identificação se pretende também testar e desenvolver um método de eliminação dos fungos identificados.

Coordenação: Mª Filomena Macedo Dinis (DCR-FCT/UNL)
Membros da equipa: Ana Catarina Pinheiro, Laura Rosado (Instituto Nacional de Saúde Dr Ricardo Jorge) e Valme Jurado (“Instituto de Recursos Naturales y Agrobiologia, Consejo Superior de Investigaciones Cientificas (CSIC) Sevilla, Spain).


Estudo da bioreceptividade primária de rochas calcárias e graníticas

Os estudos realizados até ao momento no campo da bioreceptividade das rochas ornamentais têm um carácter muito sectorial uma vez que focam um ou outro tipo de rocha e não há até ao momento nenhum estudo que aborde esta problemática de um ponto de vista global. Para isso é necessário juntar os conhecimentos de grupos de trabalho distintos e que trabalhem com diferentes rochas. Este é o caso do grupo da Universidade de Santiago de Compostela (USC) e do grupo da Universidade Nova de Lisboa (UNL); ambos se têm experiência em biodeterioração e bioreceptividade das rochas ornamentais mas o grupo da USC é especialista em rocha graníticas e o grupo da UNL é especialista em calcários.

Coordenação: Mª Filomena Macedo Dinis (DCR-FCT/UNL)
Membros da equipa: Ana Zélia Miller, Maria Amélia Dionísio, Beatriz Prieto Lamas e Benita Silva Hermo (Universidad de Santiago de Compostela, Espanha)